terça-feira, 29 de junho de 2010

Em nome de Alá?

Um caso que chocou o mundo árabe recentemente não foi sequer anunciado amplamente nos noticiários ocidentais. Uma criança de sete anos foi assassinada por membros da facção terrorista Taliban, sob a alegação de estar repassando informação confidencial a soldados americanos. Seu nome não foi divulgado.

Mas afinal, o que são essas facções terroristas e essas dissidências religiosas? Quem são esses homens que são capazes de matar uma criança em prol de um suposto "bem maior"? Esse post pretende elucidar essas questões.

Foto: Divulgação
Sunitas e xiitas: mesma religião, visões conflitantes

Antes de entender alguns grupos em específico, é necessário entender o motivo de dissidência. O islamismo, surgido no século 7 d.C, criou uma divisão após a morte de seu fundador, Maomé. Os xiitas, pequeno grupo dissidente, alegavam que o genro e primo de Maomé, Ali Abu Talib, era o novo califa por direito. Califa é o chefe supremo do islamismo, equivalente ao papa cristão. Entretanto, os sunitas, maioria islâmica até hoje, elegeram Abu Bakr, provocando revolta por parte dos xiitas.

Após sua morte, Abu Bakr passa seu posto para Umar, assassinado posteriormente em 644, tendo finalmente Ali ocupando o posto. Os conflitos existentes até hoje se devem à essa guerra de sucessões entre esses dois grupos maiores, e alguns menores como os kharijiitas.

Foto: Divulgação
Governo afegão toma atitudes controversas

Os Talibãs, formados por estudantes universitários e professores afegãos, se auto-intitula grupo político, com o propósito de reestabelecer os valores islâmicos. Formada por membros da etnia pashtu, em sua maioria, impuseram várias restrições ao Afeganistão, país que governo de 1996 a 2001. Era proibido o uso da Internet, assim como a liberdade e independência da mulher. Também apoiou Osama Bin Laden, tornando seu grupo terrorista muito mais influente.

Foto: Divulgação
Líder da Al-Qaeda, Osama Bin-Laden

Esta é a Al-Qaeda, fundada por Osama Bin Laden. Apesar de sua origem ser questionada, como pelo governno paquistanês, por exemplo, são atribuídos alguns ataques terroristas na África e no Oriente Médio. O mais famoso deles, entretanto, foi os atentados do dia 11 de setembro de 2001, aos Estados Unidos da América, gerando a primeira guerra do novo século.

Foto: Divulgação
Bandeira da facção Fatah

A Fatah, facção criada por Yasser Arafat e Khalil al-Wazir, em 1964, é um acrônimo reverso do nome Harakat al-Tahrir al-Watani al-Filastini (“Movimento de Libertação Nacional da Palestina”, literalmente, em árabe). Defensores ferrenhos da luta armada, tem como um de seus objetivos extinguir o estado de Israel. Atualmente conta efetivamente com mil soldados e responde por cerca de 70% dos atentados contra israelenses.

Foto: Divulgação
Hamas, partido político e movimmento militar

Assim como o Fatah, o Hamas não reconhece a existência do Estado de Israel. Controla a região da Faixa de Gaza desde junho de 2007. Hamas é a abreviatura para Harakat Al-Muqawama al-Islamia ("Movimento de Resistência Islâmica", em árabe). é simultaneamente partido político e movimento militar, as Brigadas Qassam, que organizam os ataques com mísseis contra Israel.

Foto: Divulgação
Bandeira do Hezbollah, grupo xiita

Já o Hezbollah ("Partido de Deus", em árabe) foi criado após a invasão do Líbano por Israel, em 1982. Formado por um grupo de xiitas, o grupo nasceu sob o amparo do aiatolá iraniano Ruhollah Khomeini. Possui supostamente apoio financeiro da Síria e do Irã, e é acusado da morte de mais de trezentos soldados americanos.

Postado por André Luiz (colaboração)

Copa do Mundo x Atentados do 11 de Setembro


África do Sul, Jabulani, Vuvezela, terroristas, medo, pânico... O que essas coisas têm em comum? Claro, Copa do Mundo. Mas aí um mais desinformado não entenderia onde terrorismo, bombas e ameaças entrariam neste contexto. Estamos falando do jogo entre USA x Inglaterra, realizado na cidade de Rustenburg no dia 12/06/10. E o que esse jogo tem haver com o tema do blog? Para quem não sabe, essa peleja foi a que recebeu maior esquema de seguranças entre todas as partidas da copa. Motivo? Ameaças Terroristas.

Foto: Divulgação
 Ameaça de bombas no jogo entre EUA x Inglaterra.

Desde os atentados de 11/09/01, Estados Unidos, Inglaterra e alguns países árabes vêm trocando “carícias”. É uma invasão ali, um rapto aqui, um carro-bomba na Time Square, ex-presidentes degolados, entre outros. E uma oportunidade como uma Copa do Mundo não poderia passar em branco pelo “Eixo do Mal”, e em se tratando de uma partida com os dois maiores inimigos do mundo árabe em campo, era tudo que eles “pediram à Allá”.

E adivinhem a nacionalidade do escolhido para comandar esse jogo? Brasileiro. Acredito que o árbitro gaúcho Carlos Eugênio Simon nunca tenha ficado tão nervoso para apitar um jogo de Copa do Mundo.

E o jogo começou às 15h30 sob forte esquema de segurança e curiosidade do mundo inteiro, que não queria perder o momento em que as bombas mandariam para os ares o belíssimo estádio Royal Bafokeng Sports Palace, juntamente com os ingleses e americanos juntos.


Fim de jogo, além do barulho ensurdecedor das vuvuzelas nenhuma explosão foi ouvida. Todos voltaram para casa sãos e salvos, ninguém ficou ferido. Hora de recomeçarem as ameaças. 


Postado por Rammom Monte.

Para entrar na casa do "Tio Sam"

“A primeira dificuldade é tirar o visto, pois depois do “11 de setembro”, as coisas ficaram bem mais rigorosas”. Schirley Barboza 27, viajou para os Estados Unidos em dezembro de 2007, seis anos após os ataques terroristas, para estudar inglês. “Nos aeroportos você passa por muita vistoria, só para se ter uma idéia, passei por três detectores de metal e duas entrevistas, antes de sair da sala de desembarque e entrar no saguão do aeroporto”. A advogada fala que achou a segurança um tanto exagerada, “você em alguns momentos se sente desconfortável”.

Em setembro de 2001 no dia dos ataques, Schirley era estagiária de um escritório de advocacia na capital paraibana. Ela estava no trabalho, em uma sala com seu chefe, quando outro advogado entrou assustado levando a notícia,”naquele momento o escritório parou, todos ficaram perplexos, diante do que víamos na TV”. Hoje a advogada diz que não pensou muito no assunto quando decidiu viajar, mas ao chegar aos Estados Unidos e se deparar com todo o esquema de segurança a pergunta que lhe veio a mente foi ,“será que sempre foi assim?”.

Foto: Divulgação
SCHIRLEY (à esq.) com uma amiga, em West Palm Beach, na Flórida.



Postado por Suelen Barboza.

Teoria Conspiratória - 11.09

Após a tragédia que atingiu o maior seio econômico dos Estados Unidos, o World Trade Center, surgiram várias teorias conspiratórias pelo mundo inteiro, defendendo a ideia de que os ataques do “11 de setembro” teriam sido acordados entre poderosos do governo americano, e outros interessados em lucrar com a tragédia.

Um dos personagens dessas teorias foi o investidor Larry Silverstein, que comprou o complexo do WTD. Larry empregou a quantia de U$ 124 milhões, e ainda comprou um contrato de leasing. Este contrato teve um pagamento adiantado, no valor de U$ 100 milhões.

foto: divulgação
Larry Silverstein, investidor que lucrou com os atentados.


Segundo a teoria, Larry havia feito um seguro de U$ 3,5 bilhões, englobando cláusulas que cobriam vários riscos. Dentre estas cláusulas, estavam “ataques terroristas”. Tudo isso foi feito um semestre antes do atentado. Depois da compra efetivada do prédio, Larry teria contratado outra firma de segurança para trabalhar no complexo. Por coincidência, a empresa de segurança seria de Marwin Bush, irmão de George Walker Bush, então presidente dos Estados Unidos.

Nos poucos dias que antecederam o ataque, o WTC teria sido fechado, em um final de semana, por causa de uma troca de cabos de internet, que haveria no prédio. Todas as pessoas foram proibidas de entrar no complexo. O que, para os adeptos desta teoria, foram os dias utilizados pelos organizadores do atentado para infiltrar as bombas nas torres.

Quando tudo acabou, e o prédio foi enfim destruído, Larry foi recompensado, pela destruição, com uma indenização de U$ 7 bilhões. O valor do pagamento foi dobrado, porque as torres gêmeas foram atingidas por dois aviões. Então, para as seguradoras, foi como se tivesse ocorrido duas circunstâncias diferentes.


Postado por Sayonara Rodrigues.

A Doutrina Bush


foto: Divulgação
 Ex-presidente americano, George W. Bush.


Após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 o governo norte-americano aumentou os investimentos em defesa. Com o intuito de acabar com os ataques terroristas foi divulgado, em 2002, um documento intitulado “A Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos”, com determinações que deveriam ser seguidas nas áreas político-militar e econômica do país.

As medidas que constavam nesse documento foram apelidadas de “Doutrina Bush”, devido ao nome do então Presidente americano George Walker Bush, e alteraram os padrões da política externa que baseava-se na contenção ou tentativa de dissuadir os adversários durante a Guerra Fria e todo século XX. No documento consta a seguinte frase “não hesitaremos (os Estados Unidos) em agir sozinhos, se preciso for, para fazer uso do direito de autodefesa, de maneira preventiva e antecipada”. Baseados nisso os americanos justificaram suas ações contra países considerados ameaça por abrigarem ou apoiarem grupos terroristas. A invasão ao Iraque em 2003 é um exemplo claro de adoção dessa política.

A Doutrina Bush pressupunha ainda a aliança, ou o fortalecimento de alianças já existentes com outros Estados para estabelecer tratados de não-proliferação de armas nucleares, além de enfatizar que os Estados Unidos não permitiriam a ascensão de qualquer outra potência que rivalizasse com o seu poderio militar. Outro objetivo da doutrina era fazer oposição a qualquer tipo de modelo econômico baseado na intervenção estatal e investir no livre comércio e livre mercado, considerados as prioridades da estratégia de segurança nacional.


Postado por Anne Nascimento.

O “primeiro 11 de setembro da história”

Dia em que as Forças Armadas do Chile tomaram o poder e instauraram uma duradoura e violenta ditadura.


foto: Divulgação
11 de setembro de 2001, há quem pense que esta data foi única na história. Engano, assim como houve no primeiro ano do século XXI, em 1973 o mundo, ou talvez só o Chile, presenciou o que seria o início de uma ditadura que iria perdurar até 1989, comandada pelo general Augusto Pinochet (foto à direita).

O líder socialista Salvador Allende, após sair vitorioso na eleição presidencial chilena de 1970, foi traído pelas Forças Armadas de seu país e sofreu um golpe no fatídico dia. Em meados do ano de 1972, a economia chilena já dava seus primeiros passos para uma crise. Foi a partir desta época que manifestações começaram a eclodir no País.

Por volta do mês de agosto de 1973, as greves de caminhoneiros e de médicos intensificaram a crise política. Para tentar abrandar a situação, Allende resolveu nomear o general Augusto Pinochet como chefe das Forças Armadas. Mal sabia ele que logo após duas semanas o próprio Pinochet faria um levante para expulsar Allende da presidência.

foto: Dilvugação
Após ter passado a madrugada do dia 11/09/73 recebendo ameaças de que o exército tomaria o poder, Allende decidiu proteger-se no Palácio de La Moneda (foto à esquerda), sede da Presidência da República do Chile. Foi uma manhã inteira de fortes ataques de mísseis e foguetes, comandados por Pinochet, ao palácio que protegia o então presidente e sua guarda presidencial. A força armada já tinha entrado anteriormente em contato com o presidente para negociar uma renúncia pacífica, porém os militares ouviram uma resposta negativa, foi ai que, após os militares invadirem o La Moneda, às 14h05, Allende se suicida com um tiro de fuzil e estava instaurada a ditadura no Chile, aos gritos de “Missão cumprida. Moneda tomado. Presidente morto”.



Postado por Rammom Monte.

Ele cheirava a petróleo antes da invasão ao Iraque

Dick Cheney, vice-presidente do governo Bush de 2001 a 2009, possuía uma relação direta com a mais poderosa empresa de peças para a indústria petrolífera do mundo, antes mesmo da invasão do Iraque pelos Estados Unidos, a Halliburton. Atuando como presidente do conselho e diretor executivo da empresa de 1995 até 2000, Cheney chegou a declarar rendimentos de 36 milhões de dólares só em 2000, ano em que deixou a empresa e se tornou vice-presidente dos Estados Unidos.
foto: Divulgação
Vice-presidente dos EUA (de 2001 a 2009), Dick Cheney.


Em 2003, com a invasão do Iraque a Halliburton conseguiu vários contratos sem licitação com o governo americano. Contratos esses descritos como prestação de serviço, para apagar incêndios em poços de petróleo durante a guerra, porém o contrato incluía também “operação e distribuição de produtos”, o que significa extração e distribuição de petróleo.

Só para se ter uma idéia, o lucro alcançado pela empresa com a guerra no Iraque fez com que houvesse um aumento de 30% em sua receita já em 2003, o que significou US$ 16 bilhões. No ano seguinte as coisas só melhoraram, faturando 80% a mais do que o ano passado, logo no primeiro semestre de 2004.

Mas, alguém já sabia disso tudo. A Halliburton é a única empresa citada por Osama Bin Laden, em uma fita de 2004, em que ele afirma que “esta é uma guerra (no Afeganistão), que beneficia as grandes empresas com milhões de dólares”.

Fica difícil não imaginar a ligação de Cheney com todas essas facilidades, até mesmo o FBI chegou a investigá-lo por irregularidade em contratos dados sem licitação pelo Departamento da Defesa à Halliburton no Iraque.



Postado por Suelen Barboza.