terça-feira, 29 de junho de 2010

Em nome de Alá?

Um caso que chocou o mundo árabe recentemente não foi sequer anunciado amplamente nos noticiários ocidentais. Uma criança de sete anos foi assassinada por membros da facção terrorista Taliban, sob a alegação de estar repassando informação confidencial a soldados americanos. Seu nome não foi divulgado.

Mas afinal, o que são essas facções terroristas e essas dissidências religiosas? Quem são esses homens que são capazes de matar uma criança em prol de um suposto "bem maior"? Esse post pretende elucidar essas questões.

Foto: Divulgação
Sunitas e xiitas: mesma religião, visões conflitantes

Antes de entender alguns grupos em específico, é necessário entender o motivo de dissidência. O islamismo, surgido no século 7 d.C, criou uma divisão após a morte de seu fundador, Maomé. Os xiitas, pequeno grupo dissidente, alegavam que o genro e primo de Maomé, Ali Abu Talib, era o novo califa por direito. Califa é o chefe supremo do islamismo, equivalente ao papa cristão. Entretanto, os sunitas, maioria islâmica até hoje, elegeram Abu Bakr, provocando revolta por parte dos xiitas.

Após sua morte, Abu Bakr passa seu posto para Umar, assassinado posteriormente em 644, tendo finalmente Ali ocupando o posto. Os conflitos existentes até hoje se devem à essa guerra de sucessões entre esses dois grupos maiores, e alguns menores como os kharijiitas.

Foto: Divulgação
Governo afegão toma atitudes controversas

Os Talibãs, formados por estudantes universitários e professores afegãos, se auto-intitula grupo político, com o propósito de reestabelecer os valores islâmicos. Formada por membros da etnia pashtu, em sua maioria, impuseram várias restrições ao Afeganistão, país que governo de 1996 a 2001. Era proibido o uso da Internet, assim como a liberdade e independência da mulher. Também apoiou Osama Bin Laden, tornando seu grupo terrorista muito mais influente.

Foto: Divulgação
Líder da Al-Qaeda, Osama Bin-Laden

Esta é a Al-Qaeda, fundada por Osama Bin Laden. Apesar de sua origem ser questionada, como pelo governno paquistanês, por exemplo, são atribuídos alguns ataques terroristas na África e no Oriente Médio. O mais famoso deles, entretanto, foi os atentados do dia 11 de setembro de 2001, aos Estados Unidos da América, gerando a primeira guerra do novo século.

Foto: Divulgação
Bandeira da facção Fatah

A Fatah, facção criada por Yasser Arafat e Khalil al-Wazir, em 1964, é um acrônimo reverso do nome Harakat al-Tahrir al-Watani al-Filastini (“Movimento de Libertação Nacional da Palestina”, literalmente, em árabe). Defensores ferrenhos da luta armada, tem como um de seus objetivos extinguir o estado de Israel. Atualmente conta efetivamente com mil soldados e responde por cerca de 70% dos atentados contra israelenses.

Foto: Divulgação
Hamas, partido político e movimmento militar

Assim como o Fatah, o Hamas não reconhece a existência do Estado de Israel. Controla a região da Faixa de Gaza desde junho de 2007. Hamas é a abreviatura para Harakat Al-Muqawama al-Islamia ("Movimento de Resistência Islâmica", em árabe). é simultaneamente partido político e movimento militar, as Brigadas Qassam, que organizam os ataques com mísseis contra Israel.

Foto: Divulgação
Bandeira do Hezbollah, grupo xiita

Já o Hezbollah ("Partido de Deus", em árabe) foi criado após a invasão do Líbano por Israel, em 1982. Formado por um grupo de xiitas, o grupo nasceu sob o amparo do aiatolá iraniano Ruhollah Khomeini. Possui supostamente apoio financeiro da Síria e do Irã, e é acusado da morte de mais de trezentos soldados americanos.

Postado por André Luiz (colaboração)

Copa do Mundo x Atentados do 11 de Setembro


África do Sul, Jabulani, Vuvezela, terroristas, medo, pânico... O que essas coisas têm em comum? Claro, Copa do Mundo. Mas aí um mais desinformado não entenderia onde terrorismo, bombas e ameaças entrariam neste contexto. Estamos falando do jogo entre USA x Inglaterra, realizado na cidade de Rustenburg no dia 12/06/10. E o que esse jogo tem haver com o tema do blog? Para quem não sabe, essa peleja foi a que recebeu maior esquema de seguranças entre todas as partidas da copa. Motivo? Ameaças Terroristas.

Foto: Divulgação
 Ameaça de bombas no jogo entre EUA x Inglaterra.

Desde os atentados de 11/09/01, Estados Unidos, Inglaterra e alguns países árabes vêm trocando “carícias”. É uma invasão ali, um rapto aqui, um carro-bomba na Time Square, ex-presidentes degolados, entre outros. E uma oportunidade como uma Copa do Mundo não poderia passar em branco pelo “Eixo do Mal”, e em se tratando de uma partida com os dois maiores inimigos do mundo árabe em campo, era tudo que eles “pediram à Allá”.

E adivinhem a nacionalidade do escolhido para comandar esse jogo? Brasileiro. Acredito que o árbitro gaúcho Carlos Eugênio Simon nunca tenha ficado tão nervoso para apitar um jogo de Copa do Mundo.

E o jogo começou às 15h30 sob forte esquema de segurança e curiosidade do mundo inteiro, que não queria perder o momento em que as bombas mandariam para os ares o belíssimo estádio Royal Bafokeng Sports Palace, juntamente com os ingleses e americanos juntos.


Fim de jogo, além do barulho ensurdecedor das vuvuzelas nenhuma explosão foi ouvida. Todos voltaram para casa sãos e salvos, ninguém ficou ferido. Hora de recomeçarem as ameaças. 


Postado por Rammom Monte.

Para entrar na casa do "Tio Sam"

“A primeira dificuldade é tirar o visto, pois depois do “11 de setembro”, as coisas ficaram bem mais rigorosas”. Schirley Barboza 27, viajou para os Estados Unidos em dezembro de 2007, seis anos após os ataques terroristas, para estudar inglês. “Nos aeroportos você passa por muita vistoria, só para se ter uma idéia, passei por três detectores de metal e duas entrevistas, antes de sair da sala de desembarque e entrar no saguão do aeroporto”. A advogada fala que achou a segurança um tanto exagerada, “você em alguns momentos se sente desconfortável”.

Em setembro de 2001 no dia dos ataques, Schirley era estagiária de um escritório de advocacia na capital paraibana. Ela estava no trabalho, em uma sala com seu chefe, quando outro advogado entrou assustado levando a notícia,”naquele momento o escritório parou, todos ficaram perplexos, diante do que víamos na TV”. Hoje a advogada diz que não pensou muito no assunto quando decidiu viajar, mas ao chegar aos Estados Unidos e se deparar com todo o esquema de segurança a pergunta que lhe veio a mente foi ,“será que sempre foi assim?”.

Foto: Divulgação
SCHIRLEY (à esq.) com uma amiga, em West Palm Beach, na Flórida.



Postado por Suelen Barboza.

Teoria Conspiratória - 11.09

Após a tragédia que atingiu o maior seio econômico dos Estados Unidos, o World Trade Center, surgiram várias teorias conspiratórias pelo mundo inteiro, defendendo a ideia de que os ataques do “11 de setembro” teriam sido acordados entre poderosos do governo americano, e outros interessados em lucrar com a tragédia.

Um dos personagens dessas teorias foi o investidor Larry Silverstein, que comprou o complexo do WTD. Larry empregou a quantia de U$ 124 milhões, e ainda comprou um contrato de leasing. Este contrato teve um pagamento adiantado, no valor de U$ 100 milhões.

foto: divulgação
Larry Silverstein, investidor que lucrou com os atentados.


Segundo a teoria, Larry havia feito um seguro de U$ 3,5 bilhões, englobando cláusulas que cobriam vários riscos. Dentre estas cláusulas, estavam “ataques terroristas”. Tudo isso foi feito um semestre antes do atentado. Depois da compra efetivada do prédio, Larry teria contratado outra firma de segurança para trabalhar no complexo. Por coincidência, a empresa de segurança seria de Marwin Bush, irmão de George Walker Bush, então presidente dos Estados Unidos.

Nos poucos dias que antecederam o ataque, o WTC teria sido fechado, em um final de semana, por causa de uma troca de cabos de internet, que haveria no prédio. Todas as pessoas foram proibidas de entrar no complexo. O que, para os adeptos desta teoria, foram os dias utilizados pelos organizadores do atentado para infiltrar as bombas nas torres.

Quando tudo acabou, e o prédio foi enfim destruído, Larry foi recompensado, pela destruição, com uma indenização de U$ 7 bilhões. O valor do pagamento foi dobrado, porque as torres gêmeas foram atingidas por dois aviões. Então, para as seguradoras, foi como se tivesse ocorrido duas circunstâncias diferentes.


Postado por Sayonara Rodrigues.

A Doutrina Bush


foto: Divulgação
 Ex-presidente americano, George W. Bush.


Após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 o governo norte-americano aumentou os investimentos em defesa. Com o intuito de acabar com os ataques terroristas foi divulgado, em 2002, um documento intitulado “A Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos”, com determinações que deveriam ser seguidas nas áreas político-militar e econômica do país.

As medidas que constavam nesse documento foram apelidadas de “Doutrina Bush”, devido ao nome do então Presidente americano George Walker Bush, e alteraram os padrões da política externa que baseava-se na contenção ou tentativa de dissuadir os adversários durante a Guerra Fria e todo século XX. No documento consta a seguinte frase “não hesitaremos (os Estados Unidos) em agir sozinhos, se preciso for, para fazer uso do direito de autodefesa, de maneira preventiva e antecipada”. Baseados nisso os americanos justificaram suas ações contra países considerados ameaça por abrigarem ou apoiarem grupos terroristas. A invasão ao Iraque em 2003 é um exemplo claro de adoção dessa política.

A Doutrina Bush pressupunha ainda a aliança, ou o fortalecimento de alianças já existentes com outros Estados para estabelecer tratados de não-proliferação de armas nucleares, além de enfatizar que os Estados Unidos não permitiriam a ascensão de qualquer outra potência que rivalizasse com o seu poderio militar. Outro objetivo da doutrina era fazer oposição a qualquer tipo de modelo econômico baseado na intervenção estatal e investir no livre comércio e livre mercado, considerados as prioridades da estratégia de segurança nacional.


Postado por Anne Nascimento.

O “primeiro 11 de setembro da história”

Dia em que as Forças Armadas do Chile tomaram o poder e instauraram uma duradoura e violenta ditadura.


foto: Divulgação
11 de setembro de 2001, há quem pense que esta data foi única na história. Engano, assim como houve no primeiro ano do século XXI, em 1973 o mundo, ou talvez só o Chile, presenciou o que seria o início de uma ditadura que iria perdurar até 1989, comandada pelo general Augusto Pinochet (foto à direita).

O líder socialista Salvador Allende, após sair vitorioso na eleição presidencial chilena de 1970, foi traído pelas Forças Armadas de seu país e sofreu um golpe no fatídico dia. Em meados do ano de 1972, a economia chilena já dava seus primeiros passos para uma crise. Foi a partir desta época que manifestações começaram a eclodir no País.

Por volta do mês de agosto de 1973, as greves de caminhoneiros e de médicos intensificaram a crise política. Para tentar abrandar a situação, Allende resolveu nomear o general Augusto Pinochet como chefe das Forças Armadas. Mal sabia ele que logo após duas semanas o próprio Pinochet faria um levante para expulsar Allende da presidência.

foto: Dilvugação
Após ter passado a madrugada do dia 11/09/73 recebendo ameaças de que o exército tomaria o poder, Allende decidiu proteger-se no Palácio de La Moneda (foto à esquerda), sede da Presidência da República do Chile. Foi uma manhã inteira de fortes ataques de mísseis e foguetes, comandados por Pinochet, ao palácio que protegia o então presidente e sua guarda presidencial. A força armada já tinha entrado anteriormente em contato com o presidente para negociar uma renúncia pacífica, porém os militares ouviram uma resposta negativa, foi ai que, após os militares invadirem o La Moneda, às 14h05, Allende se suicida com um tiro de fuzil e estava instaurada a ditadura no Chile, aos gritos de “Missão cumprida. Moneda tomado. Presidente morto”.



Postado por Rammom Monte.

Ele cheirava a petróleo antes da invasão ao Iraque

Dick Cheney, vice-presidente do governo Bush de 2001 a 2009, possuía uma relação direta com a mais poderosa empresa de peças para a indústria petrolífera do mundo, antes mesmo da invasão do Iraque pelos Estados Unidos, a Halliburton. Atuando como presidente do conselho e diretor executivo da empresa de 1995 até 2000, Cheney chegou a declarar rendimentos de 36 milhões de dólares só em 2000, ano em que deixou a empresa e se tornou vice-presidente dos Estados Unidos.
foto: Divulgação
Vice-presidente dos EUA (de 2001 a 2009), Dick Cheney.


Em 2003, com a invasão do Iraque a Halliburton conseguiu vários contratos sem licitação com o governo americano. Contratos esses descritos como prestação de serviço, para apagar incêndios em poços de petróleo durante a guerra, porém o contrato incluía também “operação e distribuição de produtos”, o que significa extração e distribuição de petróleo.

Só para se ter uma idéia, o lucro alcançado pela empresa com a guerra no Iraque fez com que houvesse um aumento de 30% em sua receita já em 2003, o que significou US$ 16 bilhões. No ano seguinte as coisas só melhoraram, faturando 80% a mais do que o ano passado, logo no primeiro semestre de 2004.

Mas, alguém já sabia disso tudo. A Halliburton é a única empresa citada por Osama Bin Laden, em uma fita de 2004, em que ele afirma que “esta é uma guerra (no Afeganistão), que beneficia as grandes empresas com milhões de dólares”.

Fica difícil não imaginar a ligação de Cheney com todas essas facilidades, até mesmo o FBI chegou a investigá-lo por irregularidade em contratos dados sem licitação pelo Departamento da Defesa à Halliburton no Iraque.



Postado por Suelen Barboza.

A literatura contando a tragédia

Confira aqui no blog mais algumas opções de livros sobre o tema “11 de setembro”. Outras opções podem ser conferidas na edição especial do Questão de Ordem intitulada “'11 de setembro', 10 anos”.

Veja abaixo o nome do livro, o do autor e uma pequena sinopse de cada um deles.


Homem em Queda, de Don Delillo

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A aterrorizante imagem de um homem em queda da torre norte do World Trade Center após os ataques de 11 de Setembro dá nome a este livro do premiado romancista Don DeLillo. No livro, DeLillo acompanha o advogado Keith, um sobrevivente que reavalia sua vida após os ataques, e suas relações com personagens nova-iorquinos. Ao narrar a jornada de Keith, De Lillo oferece ao leitor uma poderosa observação das reações humanas aos ataques terroristas e do estado mental dos americanos após o ataque.


Foto: Divulgação
Vulto das Torres, de Lawrence Wright

O Vulto das Torres é a reportagem mais extensa já realizada sobre a Al Qaeda e os ataques que o grupo promoveu nos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001. O livro também examina detalhadamente as falhas dos serviços de inteligência americanos na prevenção dos atentados.




À Sombra Das Torres Ausentes, de Art Spiegelman

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Art Spiegelman tenta retratar neste livro só de HQs, para tentar retratar o que se passou com os estadunidenses após os atentados de 11 de setembro de 2001, que mataram mais de três mil pessoas. Bem diferente da imensa maioria dos cidadãos dos Estados Unidos, Spiegelman faz uma crítica contundente a George W. Bush e seu modelo de governo, e também à xenofobia que tomou conta das pessoas, em relação a outros povos.



Postado por Rammom Monte.

Onde vive o terror

Após os ataques ao World Trade Center e ao Pentágono, nos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001, o governo norte-americano empreendeu a chamada “Guerra ao Terror”, que tinha, como objetivo principal, lutar contra o terrorismo e contra os países que apoiavam ou abrigavam grupos terroristas.

Utilizando esse pressuposto as tropas norte-americanas invadiram o Afeganistão e o Iraque para tentar destruir ou, no mínimo, desestabilizar a milícia Talibã e a Al Qaeda. A organização fundamentalista islâmica comandada pelo saudita Osama Bin Laden passou a ser considerada, no início do século XXI, como o organismo que representava o maior perigo para o estabelecimento da paz e do desenvolvimento dos Estados e tornou-se sinônimo de terrorismo, sendo atribuída a ela uma série de atentados ocorridos ao redor do mundo. Entretanto, existe um número considerável de organizações que objetivam provocar mudanças de comportamento no seu Estado, sociedade ou governo, através da violência e manipulação da população.

Veja abaixo a descrição de alguns dos principais grupos terroristas internacionais:

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ETA (Pátria Basca e Liberdade) – É uma organização terrorista e separatista que surgiu em 1959 e luta pela independência do país Basco (sete regiões no norte da Espanha e sudoeste da França). Em 1961 os separatistas tentaram descarrilar um trem que conduzia políticos, mas não obtiveram êxito. Em 1968 o ETA fez sua primeira vítima. Melitón Manzanas, um dos líderes da polícia secreta espanhola foi assassinado. No início da década de 1980 mais de 118 pessoas já tinham morrido em atentados ligados ao grupo terrorista e, nas últimas duas décadas, mais de 800 já foram assassinadas. O último atentado ocorreu em 2009 na semana de comemoração de 50 anos da “Pátria Basca e Liberdade”. Para os estudiosos a inexistência de ataques nos últimos meses não significa que o grupo está se extinguindo, mas sim esperando o momento oportuno para praticar novos atentados.


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Supremacia Branca (“White Powers”) – São organizações paramilitares de ideologia racista que se baseiam na ideia de supremacia da raça branca sobre as demais. São de extrema direita e atuam, principalmente, nos Estados Unidos. Timothy James McVeigh, responsável pelo atentado que matou mais de 168 pessoas em um edifício em Oklahoma no ano de 1995 era um dos membros dessas organizações.






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IRA (Exército Republicano Irlandês) – Surgiu no norte da Irlanda em 1960 e é um grupo terrorista católico. A luta consiste na divisão entre os unionistas protestantes que querem que a região continue ligada ao Reino Unido e os nacionalistas católicos que desejam a reunificação com a República da Irlanda que possui maioria católica.







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Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) – É uma organização radical palestina que não reconhece a existência do Estado de Israel e é contrária ao processo de paz entre árabes e israelenses. Surgiu em 1987, a partir da intifada (revolta palestina contra a ocupação israelense) e desde 2007 controla a faixa de Gaza. É, ao mesmo tempo, um partido político e um grupo militar que promove ataques de mísseis contra Israel.







Postado por Anne Nascimento

Notícias de capas

Após os atentados de 11 de setembro de 2001, a imprensa mundial publicou grandes reportagens acerca do tema. E foi pensando nisso que o blog "'11 de setembro', dez anos", do jornal Questão de Ordem, decidiu trazer fotografias das capas de uma das principais revistas nacionais, a Veja. A revista lançou seis edições seguidas com matérias especiais sobre o tema. Confira cronologicamente o acompanhamento da Veja sobre os atentados e mais duas edições de revistas internacionais - a Times e a Newsweek.

Foto: Divulgação
Edição de 19.set.2001

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Edição de 26.set.2001
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Edição de 03.out.2001
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Edição de 10.out.2001
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Edição de 17.out.2001

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Edição de 24.out.2001
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Edição de 14.set.2001
Foto: Divulgação
Edição extra publicada em 13.set.2001


Postado por Rammom Monte.

A Ciência Política e o Direito acadêmicos

Desde que aqueles aviões atingiram as Torres Gêmeas, em Nova Iorque, não há quem não tenha, muitas vezes, tentado entender o que, de fato aconteceu naquela manhã de setembro. Não é preciso ser nenhum especialista para discutir sobre o tema, fazer questionamentos e até levantar hipóteses sobre as causas e as consequências dos atos terroristas cometidos contra o antes todo-poderoso império ianque.

A nossa equipe conversou com dois jovens universitários sobre as mais variadas vertentes que permeiam esse tema. Wayle Matias, 23, estudante de Ciências Socias na Universidade Regional do Cariri, da cidade do Crato, sul do Ceará discorre, em fala rápida, acerca do conceito lato de "terrorismo", e dá uma definição precisa do termo.

Já Ramon Lacerda, 21, é estudante do curso de Direito, da mesma Universidade, e mostra avesso à postura autoritária dos Estados Unidos e parece cético quanto a uma melhora na relação da maior potência econômica do mundo com os demais países desde aquele "11 de setembro" e daqui para frente.

Abaixo, o posicionamento dos dois acadêmicos, na transcrição de suas falas.



"Os ataques de '11 de setembro' não marcaram a definição de uma nova relação dos EUA com a ordem global. Este fato marcou, na verdade, o restabelecimento, com maior propriedade e mais intensidade, de políticas que os yankes praticaram em determinados periodos históricos, quaisquer que sejam essas políticas. Externamente, uma política agressiva, de rivalidade com determinadas nações, buscando o aumento e de sua influência política neo imperialista. Internamente, uma política de maior controle dos direitos civis de grupos sociais norte-americanos".
(Ramon Lacerda, 21, Direito, URCA)



"O terrorismo nada mais é do que uma estratégia política utilizada para unir determinado povo contra algo que os ameace. Para isso, agem de acordo com o poder instaurado, que mostra a nação inimiga, a ameaça real. A partir disso, se legitima para guerrear em prol da ordem, e para aniquilar o inimigo, utilizando-se de meios violentos, sejam eles físicos ou psicológicos".
(Wayle Matias, 23, Ciências Sociais, URCA)



"Os efeitos do '11 de setembro' variam de acordo com as relações entre os países, o Estado e sua nação internamente. Por exemplo, as nações que sofreram mais com esses ataques foram as do Oriente Médio. Já os Estados Unidos, falando em termos do Estado Nação, souberam se aproveitar positivamente do ataque, como no caso do aumento de sua influência geopolítica. O contrário pode ser dito para alguns países do Oriente Médio, mais precisamente Afeganistão e, posteriormente, Iraque, que tiveram sua soberania massacrada".
(R. L.)



Postado por Cadu Vieira.

Tragédia pintada em telas

Depois dos atentados ao World Trade Center, muitos artistas plásticos decidiram fazer homenagens aos mortos e feridos no ataque terrorista.

Além dos monumentos presentes na Fotorreportagem da edição especial do Questão de Ordem, também houve pinturas que homenageiam as vítimas. 

Confira algumas abaixo:
Foto: Divulgação
 Falling Man, de Joun Derek (2008)

Foto: Divulgação
 Dia mais triste da América, de Jack Gambardella (2004)

Foto: Divulgação
 09/11, de Luis Herberto (2002)

Foto: Divulgação
O Heroi, de Khay Nguyen (2002)

Foto: Divulgação
 
911, de Beverly Dudley (2001)

Postado por Rammom Monte.

Menina de seis está na lista de suspeitos de Terrorismo

Foto: Divulgação
Alyssa Thomas, 6, naturalizada americana, do estado de Ohio, foi proibida de embarcar, em um vôo doméstico, para Minneapolis, após ela e seus pais terem sido informados, por um funcionário da Companhia Aérea Continental, que os dados da menina encontravam-se na lista do Departamento de Segurança Nacional, onde estão presentes os nomes de pessoas que tem suposta ligação com terroristas.
....A família Thomas ficou surpresa com o veto de Alyssa, argumentando que ela já havia viajado para outros países, e que nunca havia acorrido nenhum problema. “Nós viajamos há pouco tempo, em fevereiro, para o México, e não houve nenhum contratempo. Não sei o que mudou agora”, diz o pai da menina, sem entender ainda o que estava acontecendo.
....Quando toda a confusão foi contida, a família teve permissão para embarcar. O senhor Thomas foi orientado a procurar o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, mas, quando o fez, a fim de resolver o mal entendido, ele recebeu a notícia de que o governo americano não forneceria nenhuma informação sobre o caso, alegando que a atitude de não revelar nada, tenha sido por razões de segurança.


Postado por Sayonara Rodrigues

Entrevista com a jornalista Yvone Ridley

.....Abaixo, segue a entrevista publicada no site “Observatório da Imprensa” em 18 de setembro de 2002 com a jornalista inglesa Yvone Ridley. 

Foto: Divulgação
....Na época em que trabalhava para o jornal inglês Daily Express, Yvone entrou clandestinamente no Afeganistão e foi sequestrada sob acusação de ser espiã dos Estados Unidos. Depois de 11 dias como refém a jornalista converteu-se ao islamismo.


"Jornalista britânica detida pelo Taleban se converte ao islã", copyright Folha de S. Paulo, 11/09/02 (Por Paulo Daniel Farah)



"A jornalista britânica Yvonne Ridley, 44, que ficou detida no Afeganistão de 28 de setembro a 8 de outubro por ter entrado no país sem permissão do grupo extremista islâmico Taleban, converteu-se ao islamismo.
Ridley, que voltou ao Afeganistão duas vezes após a libertação, critica a guerra antiterrorismo e o provável ataque ao Iraque.

A seguir, trechos da entrevista que concedeu à Folha, por telefone, de Londres.

Folha - Cogitou-se a possibilidade de que a síndrome de Estocolmo [em que o sequestrado manifesta simpatia pelo captor] tenha levado a sra. à conversão ao islamismo...
Yvonne Ridley - Não é verdade. No sexto dia da detenção, um líder religioso me visitou. Quis saber se eu gostaria de me converter [Ridley era protestante]. Pensei que, se dissesse ‘sim’, acusariam-me de oportunismo. Se dissesse ‘não’, de insultar o islã e me apedrejariam. Argumentei que não podia mudar tanto minha vida na prisão. Disse que, se me libertassem, estudaria mais sobre o islã. Depois de solta, o que começou como um exercício puramente acadêmico transformou-se em uma viagem espiritual. Na verdade, gostaria de saber naquela época o que sei hoje porque eu perguntaria por que eles tratavam as mulheres tão mal. Aquilo não tinha nada a ver com o islã.

Folha - O que a atraiu no islã?
Ridley - Uma série de fatores. Comecei a ler sobre o islã e sobre a crença geral de que as mulheres são subjugadas. O Alcorão deixa bem claro que as mulheres são iguais aos homens. Foi uma surpresa. Fui a centros islâmicos e fiquei impressionada com as irmãs. Houve uma campanha de desinformação sobre o islã desde as cruzadas. Dizem que é violento, mas não é verdade. Inspirou muitos estudiosos, poetas e artistas.

Folha - Em geral, como as pessoas reagem à sua decisão?
Ridley - Amigos e familiares, em sua maioria, ignoraram minha decisão e fingiram que nada mudou. Não querem nem falar sobre o assunto. Algumas pessoas me ridicularizaram e outras me deram bastante apoio. Uma de minhas melhores amigas, que é judia, deu-me muita força.

Folha - A sra. entrou no Afeganistão usando uma burca [roupa afegã que cobre o corpo todo’. Qual a sua opinião sobre uso obrigatório da burca e sobre o Taleban?
Ridley - A burca é usada há séculos por razões culturais. O Taleban tornou seu uso obrigatório, mas não há nada no Alcorão sobre essa roupa.

Folha - Quantas vezes a sra. voltou ao Afeganistão desde sua libertação? O que mudou lá?
Ridley - Fui duas vezes. Quando o Taleban estava no controle, havia leis, apesar de absurdas. Hoje, o país está em caos. As mulheres continuam a usar a burca e ainda não têm a mesma voz que os homens. Por exemplo, no mês passado abriram uma piscina pública apenas para homens e garotos.

Folha - Como está a reconstrução do país?
Ridley - Os EUA são muito bons em fazer guerras, mas não em consertar o estrago. O Exército ainda está lutando essa guerra ridícula contra o terrorismo, mas os EUA não participam das forças de paz. Ninguém sabe onde está Bin Laden, o mulá Omar. O que essa guerra conseguiu até agora?
Os norte-americanos ainda sentem uma dor profunda. Muitos nem podem enterrar as pessoas que perderam nos atentados, mas o governo deveria questionar por que isso ocorreu. Inocentes não devem pagar pela política externa dos EUA. As atrocidades israelenses contra os palestinos são ignoradas, e sinto-me revoltada com a situação em Guantánamo. Se eu tivesse sido detida, espancada e colocada em uma jaula, seria um ultraje. Essas pessoas ainda precisam ser julgadas e não têm direito a advogado. Temos sete cidadãos britânicos lá.

Folha - Em seu livro ‘In the Hands of Taleban’ (nas mãos do Taleban), a sra. diz que a CIA tentou matá-la ou incentivou o Taleban a fazer isso. Por quê? A sra. tem provas?
Ridley - Quando fui sequestrada, havia muito apoio para a guerra no Afeganistão. Os EUA precisavam contrapor os que se opunham à guerra. Se eu tivesse sido morta pelo regime afegão, isso teria ajudado a começar rapidamente a guerra e a silenciar os críticos. Foi um presente divino para eles quando uma mãe branca e ocidental, com uma filha de nove anos, foi sequestrada. O Taleban recebeu um arquivo que informava que eu era uma espiã, por iniciativa do serviço secreto dos EUA e do Mossad [serviço secreto israelense’. Quando voltei para casa, descobri que meu apartamento havia sido vasculhado.

Folha - Qual sua opinião sobre a teoria do choque de civilizações, do professor Samuel Huntington?
Ridley - É ridículo falar em uma civilização judaico-cristã de um lado e de uma ‘não-civilização’ islâmica, ameaçadora, do outro. Os EUA são uma superpotência que busca um controle total sobre o mundo. Nosso premiê, Tony Blair, cada dia parece mais o poodle de George W. Bush.

Folha - Qual sua opinião sobre o provável ataque contra o Iraque?
Ridley - Sabemos que, quando os norte-americanos vão à guerra, vão a 30 mil pés de altura. Esse tipo de guerra só prejudica os civis."



Postado por Anne Nascimento


Tragédia Chargeada


Chargistas e cartunistas, normalmente, são muito criativos e inspiram-se em coisas do cotidiano para criarem suas obras. Os atentados de 11 de setembro de 2001 não iriam passar em branco. O blog "11 de setembro", dez anos, do jornal Questão de Ordem, escolheu algumas ilustrações feitas por artistas do mundo inteiro acerca do tema.

Os desenhos foram retirados dos sites:
http://www.museudaimprensa.pt,
http://www.ivancabral.com
e http://charges.uol.com.br.

 

Postado por Rammom Monte.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

John Ascroft, o inquisitor da era Bush

Foto: Divulgação
Após o 11 de setembro, o governo Bush declarou guerra ao terrorismo. No decorrer desta guerra os Estados Unidos instaurou um sistema de caça a bruxas, com o decreto patriota igual à Inquisição da Idade Média, mas quem foi o responsável direto por um sistema de perseguição que incluía essas diretrizes:

• Criação de tribunais secretos para julgar e condenar as pessoas suspeitas de ser, poder ser ou querer ser terroristas.
• Faculdades Arbitrárias do Executivo para decidir quem vai ser julgado pelos tribunais ad hoc ( arbitrário, anticonstitucional).
• Celebração de julgamentos secretos em alto-mar ou em bases militares como Guantánamo, Cuba.
• Abolições de jurados e sua substituição por comissões de oficiais das Forças Armadas.
• Supressão do direito do acusado de se comunicar com seus advogados.
• Revogação do princípio de que toda pessoa é inocente até que se prove o contrário, em favor do princípio de culpabilidade e, em conseqüência, da responsabilidade do acusado de provar que é inocente.
• Advogados defensores impostos pelo tribunal, sem consulta ao acusado.
• O acusado e seus advogados não terão acesso aos documentos da acusação.
• A culpabilidade não exigirá, como estabelece o direito vigente, provas “além de qualquer dúvida razoável”.
• Bastará a decisão majoritária e discricional dos juízes militares.
• Não haverá direito a apelações.

Foi o procurador geral da justiça dos Estados Unidos de 2001 a 2005, nomeado por Bush, John Ascroft. Mas, o interessante é a história política de Ascroft, inimigo declarado dos homossexuais, da igualdade de educação, no emprego e nas oportunidades. Ele impediu o acesso de juízes negros à magistratura em seu Estado, o Missouri, e apoiou a Universidade Bobby Jones, que pune qualquer tipo de relacionamento seja social ou amoroso entre negros e brancos. Em novembro de 2004, na reeleição de Bush, Ashcroft anunciou sua renúncia, que entrou em vigor em 03 de fevereiro de 2005. Sua carta-renúncia escrita a mão, afirmou: "O objetivo de garantir a segurança dos americanos contra o crime e o terror foi alcançado."


Postado por Suelen Barboza

domingo, 27 de junho de 2010

Os islâmicos pós-11 de setembro

Muitas teorias foram feitas acerca da autoria dos atentados à cidade de Nova Iorque no dia 11 de setembro de 2001. Dentre elas, a mais forte é que terroristas teriam raptado aviões e forçado os pilotos a colidirem as aeronaves contra as torres do World  Trade Center. E esses terroristas estariam ligados à religião islâmica. Como será que ficaram os islâmicos de todo o mundo logo após os atentados? Confira nessa reportagem feita no ano de 2002 por alunos da Universidade Metodista de São Paulo. 
Reportagem: Débora Fantinato e Babi Veríssimo; 
Câmera e edição: Fábio Paulino.



Postado por Rammom Monte.



Galeria de fotos

Abaixo, uma seleção de imagens dos atentados e dos monumentos às vítimas do 11 de semtembro.

(clique nas fotos para ver em tamanho maior) 
Fotos: Divulgação
































 












Postado por Vitor Pessoa.