terça-feira, 29 de junho de 2010

A Ciência Política e o Direito acadêmicos

Desde que aqueles aviões atingiram as Torres Gêmeas, em Nova Iorque, não há quem não tenha, muitas vezes, tentado entender o que, de fato aconteceu naquela manhã de setembro. Não é preciso ser nenhum especialista para discutir sobre o tema, fazer questionamentos e até levantar hipóteses sobre as causas e as consequências dos atos terroristas cometidos contra o antes todo-poderoso império ianque.

A nossa equipe conversou com dois jovens universitários sobre as mais variadas vertentes que permeiam esse tema. Wayle Matias, 23, estudante de Ciências Socias na Universidade Regional do Cariri, da cidade do Crato, sul do Ceará discorre, em fala rápida, acerca do conceito lato de "terrorismo", e dá uma definição precisa do termo.

Já Ramon Lacerda, 21, é estudante do curso de Direito, da mesma Universidade, e mostra avesso à postura autoritária dos Estados Unidos e parece cético quanto a uma melhora na relação da maior potência econômica do mundo com os demais países desde aquele "11 de setembro" e daqui para frente.

Abaixo, o posicionamento dos dois acadêmicos, na transcrição de suas falas.



"Os ataques de '11 de setembro' não marcaram a definição de uma nova relação dos EUA com a ordem global. Este fato marcou, na verdade, o restabelecimento, com maior propriedade e mais intensidade, de políticas que os yankes praticaram em determinados periodos históricos, quaisquer que sejam essas políticas. Externamente, uma política agressiva, de rivalidade com determinadas nações, buscando o aumento e de sua influência política neo imperialista. Internamente, uma política de maior controle dos direitos civis de grupos sociais norte-americanos".
(Ramon Lacerda, 21, Direito, URCA)



"O terrorismo nada mais é do que uma estratégia política utilizada para unir determinado povo contra algo que os ameace. Para isso, agem de acordo com o poder instaurado, que mostra a nação inimiga, a ameaça real. A partir disso, se legitima para guerrear em prol da ordem, e para aniquilar o inimigo, utilizando-se de meios violentos, sejam eles físicos ou psicológicos".
(Wayle Matias, 23, Ciências Sociais, URCA)



"Os efeitos do '11 de setembro' variam de acordo com as relações entre os países, o Estado e sua nação internamente. Por exemplo, as nações que sofreram mais com esses ataques foram as do Oriente Médio. Já os Estados Unidos, falando em termos do Estado Nação, souberam se aproveitar positivamente do ataque, como no caso do aumento de sua influência geopolítica. O contrário pode ser dito para alguns países do Oriente Médio, mais precisamente Afeganistão e, posteriormente, Iraque, que tiveram sua soberania massacrada".
(R. L.)



Postado por Cadu Vieira.

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